Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

Spain

Down Icon

Carlos Melconian criticou Javier Milei: "A dívida está no sangue deles".

Carlos Melconian criticou Javier Milei: "A dívida está no sangue deles".

O economista Carlos Melconian lançou uma crítica devastadora ao governo de Javier Milei e alertou que o país caminha para uma nova crise estrutural devido à gestão irresponsável das reservas e da dívida. O economista, sem filtros, mirou diretamente no DNA endividado da equipe econômica e questionou a falta de uma direção clara de longo prazo. "Os que estão no comando têm isso no sangue. São as mesmas pessoas. O endividamento é natural para eles", retrucou Melconian, impiedosamente.

Em uma entrevista explosiva na Rivadavia AM 630, Melconian destruiu a narrativa oficial sobre a suposta recuperação econômica e expôs as contradições do modelo libertário. "Esta semana, comemorou-se a deflação, falou-se de inflação de 1,5%, mas ainda estamos presos a uma lógica de análise cotidiana e de curto prazo. A Argentina precisa fincar uma bandeira fiscal, um novo arcabouço institucional. Hoje, vemos remendos, um liquidificador, uma motosserra... mas nenhuma direção de longo prazo", criticou a improvisação de Mileísto.

O ex-funcionário do Banco Nación não hesitou em se referir à acumulação de reservas e à nova dívida que o governo está assumindo. "Bem-vindos ao clube. Isso não é novo; começou em agosto de 2022. Já vimos essa história. Não é verdade que a dívida seja usada para acumular reservas sem impacto. Há falta de reservas, há dívida futura, e isso não pode ser encoberto. É uma droga que acaba mal", concluiu.

O ex-líder do PRO também refutou categoricamente um dos principais argumentos do governo em relação à liberalização cambial. "Hoje, o dólar não está em livre flutuação. Os controles cambiais continuam em vigor. Falta o ator mais importante na demanda, que é o próprio governo. Não há mercado real", revelou. Ele foi além, questionando a estratégia de colocação de títulos: "Eles estão anunciando que vão emitir US$ 1 bilhão por mês... Por que fariam isso se não precisam? Isso não é um verdadeiro fortalecimento de reservas; é crédito. É como gastar com cartão de crédito sem saber se conseguirá pagar."

O economista também criticou a falta de diálogo político do governo e sua tendência ao isolamento. "A Argentina precisa reconstruir seu tecido político. Não se pode dar cada passo econômico sem considerar a arquitetura institucional. Isso é mais do que economia; é também política. O governo fala sozinho, se fecha, não se senta para debater com quem pensa diferente. E, portanto, é difícil corrigir o rumo", criticou a atitude sectária de Milei.

Ao encerrar seu discurso, Melconian expressou sua frustração com a retórica oficial que continua a culpar o governo anterior por todos os males. "Chega. Não me digam mais que saímos da hiperinflação. Se vão falar do presente, falem do presente. A Argentina precisa romper com seu eterno imediatismo e se concentrar na reconstrução a médio e longo prazo", exigiu, e seu alerta final foi contundente: "Se não, estamos caminhando para o colapso novamente."

elintransigente

elintransigente

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow